A Defesa Civil de Salvador – Codesal divulgou nesta sexta-feira (01/07) o balanço final da Operação Chuva 2022, realizada anualmente entre março a junho, quando são registrados os maiores volumes de chuvas na capital. Confirmando a eficácia das ações de prevenção e de resposta implementadas pela Prefeitura de Salvador através do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC), não foram registradas ocorrências fatais em decorrência das chuvas.

Dividida em duas etapas - uma preparatória e outra de alerta -, a Operação realizou a instalação de novas geomantas para proteção de encostas em diversos pontos da cidade, além de vistorias técnicas, colocação de lonas, limpeza de canais e de áreas consideradas de alto risco para deslizamento de terra e alagamento.

Durante o período da Operação Chuva de 2022 foi registrado um acumulado de 1.031,6 mm, correspondendo a 6,1% acima do esperado (972,0 mm), segundo a estação de referência do INMET, localizada em Ondina.

Os meses mais chuvosos foram março e abril que contabilizaram 330,0 mm e 397,2 mm, que correspondem a 124% e 39,4% acima da normal climatológica, que tem como valores esperados 147,3 mm e 284,9mm.

O mês de março foi o mais chuvoso desde 2015, superando o segundo ano mais chuvoso (2019) em mais de 51,1 mm (março de 2022 registrou 330 mm, enquanto que 2019 foi 278,9 mm).

Os maiores acumulados pluviométricos registrados pela rede de monitoramento da Defesa Civil de Salvador, entre os meses de março e junho foram: Centro (1168,0 mm), Mirante de Periperi (1128,4 mm), Engenho Velho de Brotas (1119,0 mm), Pirajá (1118,0 mm), Lapinha (1101,4 mm), Matatu (1088,1 mm), Base Naval de Aratu (1077,2 mm), Itacaranha (1072,8 mm), Brotas (1057,6 mm) e Brotas – Codesal (1057,6 mm).

Estes são alguns dos principais destaques que constam do balanço final da Operação Chuva, que ressalta a sintonia das ações realizadas pelo Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC) e que preveniu perda de vidas em áreas de risco da capital.

Segundo o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macêdo, “a pronta atuação dos órgãos do SMPDC permitiu apresentar respostas imediatas às principais demandas e garantir a segurança da população sem o registro ocorrências graves”.

Vistorias técnicas

Entre 01 de março a 30 de junho, a Defesa Civil realizou 4.879 vistorias de imóveis em áreas de risco da capital. As ocorrências mais frequentes foram ameaça de deslizamento: 1.293; ameaça de desabamento: 900; alagamento de imóvel: 580; orientação técnica: 518; e deslizamento de terra: 413.

Os maiores números de ocorrências foram registrados nas áreas pertencentes as Prefeituras Bairro Liberdade/São Caetano (938), Subúrbio/Ilhas (729), Centro/Brotas (667), Pau da Lima (576) e Cabula/Tancredo Neves (525).

Acionamento das sirenes

Em função das fortes chuvas iniciadas no dia 16 de abril, foram acionadas as sirenes das comunidades Voluntários da Pátria (Lobato), Vila Picasso (Capelinha), Bom Juá, Baixa do Cacau (São Caetano), Mamede (Alto da Terezinha), Moscou (Castelo Branco), no dia 18/04, e Calabetão (BR324), no dia 19/04.

A sirene da comunidade de Bosque Real (Sete de Abril) foi acionada dia 20/04, juntamente com a de Moscou (Castelo Branco), que já tinha sido acionada dia 18/04, de modo a reforçar o alerta preventivo naquela comunidade.

As sirenes são acionadas após o volume de chuvas ultrapassarem 150 mm em 72 horas de chuvas intensas. Após o acionamento, os moradores são orientados a saírem de suas casas e se dirigirem para um centro de acolhimento.

Ao longo do período, 307 pessoas deixaram suas casas e foram para os abrigos instalados em escolas municipais no entorno das regiões atingidas. As Gerências Regionais de Educação (GREs), a Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), e os gestores das Prefeituras-Bairro colaboraram no abrigamento.

Passado o risco apresentado pelas chuvas e após vistorias realizadas pela Codesal nas áreas evacuadas, as famílias que não puderam voltar em segurança para suas casas e não possuíam local seguro, foram encaminhadas para o Abrigo de Acolhimento Provisório da Sempre.

Atividades preventivas

Entre as ações preventivas, a Defesa Civil de Salvador, em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), aplicou preventivamente, entre abril e junho 74.544 m² de lona plástica em 446 áreas para impermeabilização de terrenos de encostas.

Além da colocação de lona, as equipes da Limpurb realizaram serviços de capinação, roçagem, retirada de entulho, remoção de terra, lixo e limpeza de valetas.

A manutenção da rede de micro e macrodrenagem, realizadas pela Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), também integra o escopo de ações contínuas.

Já o setor de Atendimento a Comunidades em Áreas de Risco da Codesal recebeu, ao longo da Operação, demandas de 2.114 pessoas pleiteando benefícios eventuais, como auxílio-moradia e auxílio-emergência, encaminhadas à Sempre.

Ao longo do ano, a Codesal realiza atividades preventivas e educativas em áreas de risco, com a instalação de Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs), Nupdec Mirim, Programa Defesa Civil nas Escolas e a realização de simulados de evacuação em comunidades de Salvador.

Como serviço essencial da Prefeitura de Salvador, a Defesa Civil, que tem como prioridade preservar vidas, mantém plantão 24 horas e atende as demandas da população pelo telefone gratuito 199.

ASCOM – CODESAL
01/07/2022