Representantes da Prefeitura de Salvador,  Crea, CAU/BA, Fundação Mario Leal Ferreira, Cofic, Iphan, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, entre outros, participaram do workshop, coordenado pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) que iniciou a elaboração do Plano de Contingência do Centro Histórico de Salvador.

O evento, realizado na tarde desta terça-feira (06/03), no Teatro Gregório de Mattos, reuniu cerca de 150 especialistas que integraram sete grupos temáticos para discutir questões relativas a Monitoramento, Mobilização, Socorro, Apoio Operacional, Assistência Social, Avaliação de Danos e Reabilitação.

 Foram abordados aspectos como monitoramento e avaliação de ocorrências de desabamentos de imóveis, atualização de mapas de áreas de risco de incêndios, estimulo e auxilio na saída preventiva dos moradores de áreas de risco, manutenção de voluntários capacitados, execução de operações de busca e salvamento, entre outros.

 Após dar as boas-vindas aos convidados, o diretor geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, apresentou uma síntese dos aspectos estruturantes do Plano de Contingência, cujo principal objetivo “é ampliar a segurança da região, patrimônio histórico da humanidade, e envolver a comunidade na prevenção de incêndios e desabamentos”.

 Ele agradeceu à colaboração do prefeito ACM Neto, do vice-prefeito Bruno Reis e do chefe de gabinete João Roma “fundamentais para a realização e o brilho do evento”. Eles não puderam comparecer ao workshop devido a um compromisso em Brasília.

 “Nossa expectativa é de que saíamos daqui com muitas das respostas para a construção do almejado Plano de Contingência de nosso Centro Histórico”, disse, Sosthenes Macêdo. 

 Engajamento

 A abertura do workshop contou com a participação da diretora de Gestão de Centro Historico, Eliana Pedrosa, do secretário da Secis, André Fraga, da secretária das Prefeituras-Bairro, Ana Paulo Mattos, do subprefeito Centro/ Brotas Ian Mariani, do presidente do CREA, Edmundo Campos e do conselheiro do CAU/BA, Ernesto Carvalho.

 Ao falar, Eliana Pedrosa afirmou que nossa missão “é ter o olhar de zeladoria por esse território tão importante”, referindo ao sítio histórico de Salvador. Já o secretário, André Fraga, considerou que “a palavra para o sucesso de um empreendimento como esse é engajamento. Isso temos feito desde o primeiro dia da gestão do prefeito ACM Neto”.

O subprefeito Ian Mariani disse que “é inquestionável o potencial e a importância cultural do Centro Histórico, sendo necessário que o poder público se faça mais presente, daí a importância desse esforço”.

 O professor Luiz Edmundo de Campos, por seu turno, disse que “queremos um centro histórico cada vez mais seguro em relação à incêndios e a desabamentos e isso vai depender do sucesso deste nosso trabalho”. Já o conselheiro do CAU/BA, Ernesto Carvalho, colocou que “há tempo não conseguia enxergar um ação que tenha agregado tantas pessoas em torno de uma ação concreta para o Centro Histórico de Salvador”.

 Palestra

 O engenheiro de segurança e superintendente de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Cofic, Aurinézio Barbosa, apresentou a palestra "Plano de Contingência e Estudo de Caso". Nosso objetivo é contribuir com a construção do plano, compartilhando a experiência do Cofic e das empresas do Polo Industrial de Camacari que completa 40 anos”.

 O Cofic congrega 86 empresas associadas e a ação da superintendência tem como foco o atendimento as emergências do Polo. Um das sugestões apresentadas foi a criação de um comitê de crise que funcione como instância de orientação. “A comunidade cresce quando se tem uma serie de treinamentos realizados”, afirmou.

 Painel

 O painel "Pelourinho - Nossa Responsabilidade" deu continuidade ao workshop, tendo como debatedores o especialista em planejamento urbano, Waldeck Ornelas, a presidente da Fundação Mario Leal Ferreira, Tânia Scofield, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Bruno Tavares, com a mediação da secretária das Prefeituras-Bairro, Ana Paula Matos.

 Tânia Scofield destacou que o Planejamento estratégico para o Centro Histórico no âmbito do Salvador 360 – Eixo Centro Histórico, da Prefeitura de Salvador, inclui investimentos de R$ 200 milhões, 20 intervenções urbanísticas, já tendo o valor de R$ 28 milhões em editais aprovado. Ela acentuou a urgência de “uma legislação especifica para a região, além de um plano de mobilidade”.

 Ao analisar o contexto que resultou na necessidade do plano de contingência, Waldeck Ornelas disse que o PDDU deu ênfase à macroárea do Centro Histórico de Salvador e que possibilitou todo um desdobramento no Salvador 360 e depois a criação da diretoria de gestão do Centro Historico. “A modernização da Codesal possibilitou a visão para a criação de um plano de contingência”.  Ele acentuou ainda que a rede de hidrantes da região foi pensada e estruturada nos anos 90 quando da revitalização: “o importante é recuperá-la para que volte a funcionar a contento”.

  Bruno Tavares acrescentu que é papel de Iphan reduzir o risco de perda de bens importantes para a cultural e identidade nacional. Citou o exemplo da demolição da antiga Igreja da Sé feita em nome da modernização da capital baiana. “O Iphan, que completou 81 anos em fevereiro, tem como objetivo preservar a cultura e identidade das pessoas”.  

 Ele anunciou ainda que foi lançada consulta pública para a conservação do patrimônio material e gestão de centros históricos. “O importante além da prevenção é contar com os órgãos articuladores para evitar situações de risco”. A mediadora Ana Paula Matos finalizou os debates afirmando que “o Pelourinho é de responsabilidade de todos os nos”.

 

Ciclo de discussões

 

Antes de iniciar os trabalhos práticos denominado Construindo o Plano: “Ameaças e Riscos do Centro Histórico – Identificar para Prevenir Acidentes”, o engenheiro da Codesal, Gilberto Campos, apresentou as fases de atuação da Defesa Civil com foco em prevenção, explicando que a preparação do documento visa objetivamente estruturar as ações destinadas àminimizar danos e perdas decorrentes de desastres, como desabamentos e incêndios. Após as discussões os grupos apresentaram a síntese de seus trabalhos que vão integrar o documento “Mudando a História”.

 

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