Com a proximidade do período chuvoso, que historicamente acontece entre os meses de abril a julho, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) mobiliza todos os seus recursos para entrar em estado de alerta com os demais órgãos parceiros da Prefeitura. 

Uma reunião com técnicos da Defesa Civil, Secretaria de Manutenção (Seman), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) e Limpurb, realizada dia 21/02,  serviu para unificar metas, prioridades e objetivos comuns de modo a antecipar ações preventivas e assegurar celeridade nas eventuais demandas ocasionadas pelas chuvas.  Entre as prioridades estão a limpeza e drenagem de canais, poda de árvores e coleta de lixo. A reunião foi realizada na sede da Codesal.

Desde 2016, o prefeito ACM Neto move esforços para centrar as atividades da Nova Codesal em ações preventivas nas comunidades que vivem em áreas de risco, entre as quais a contenção de encostas onde já foram investidos R$ 40 milhões, e a criação dos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs).

“Precisamos sintonizar nossas equipes para que atuem com rapidez de modo a oferecer nas eventualidades as respostas necessárias”, destacou o diretor geral da Codesal, Sosthenes Macedo. Ele enfatizou que as atividades de vistorias da Defesa Civil servem “de olhos” para identificar riscos e demandar soluções dos órgãos envolvidos. 

Por sua vez, o secretário da Seman, Virgílio Daltro, destacou que, para a eficácia do trabalho de sua pasta, “é de fundamental importância a comunicação estreita com a Codesal”. Ele aproveitou para elogiar a modernização das ações da Defesa Civil e os investimentos realizados em tecnologia preventiva.

MICRODRENAGEM

O diretor de operações da Seman, Luciano Sandes, informou que, desde outubro do ano passado, o órgão intensificou ações de limpeza nos sistemas de microdrenagem em toda a Salvador e em especial nas áreas verdes, acentuando que, no caso da macrodrenagem a parceria da Codesal será importante para a identificação de prioridades. Essas medidas preventivas têm como intuito evitar alagamentos e oferecer segurança à população.

Para prevenir transtornos causados pelo acúmulo de água nas pistas e nas calçadas, a recomendação é que a população evite jogar lixo ou materiais de construção nas ruas. Isso porque, em períodos chuvosos, os descartes inadequados em vias públicas costumam ser levados pelas chuvas para as redes de drenagem. 

O sistema de microdrenagem possui condutos construídos destinados a receber e conduzir as águas das chuvas vindas das construções, lotes, ruas e praças. A estrutura é responsável por coletar e conduzir a água pluvial até o sistema de macrodrenagem.

No âmbito da Semps, os esforços estão voltados para as famílias, que eventualmente possam ser atingidas pelos impactos causados pelas chuvas, contem com apoio na área de assistência social, com atividades voltadas ao suporte das ações sociais da Defesa Civil. Na oportunidade, a diretora de Proteção Social Especial da Semps, Juliana Portela,  informou sobre a identificação de imóveis em situação de vulnerabilidade para vistoria da Codesal. 

O gerente de serviços especiais da Limpurb, Marcos Antonio Ramos Bandeira, informou que o órgão executa periodicamente os serviços de roçagem, gancheamento, raspagem de terra, limpeza de encostas, limpeza de valas, capinação e retirada de lixo nos pontos críticos da cidade, além promover campanhas educativas. “Nesse período que antecede a Operação Chuva, algumas equipes já estão à disposição da Defesa Civil”, destacou.

Participaram da reunião, Sosthenes Macêdo, Francisco Costa Júnior, Cristiana Marback e Kelly Morais, pela Codesal, Lázaro Jezier, Daniel Sande, Aline Ribeiro de Azevedo, Luciano Sandes e Wilton Silva Quadros, pela Seman, Everaldo Costa Freitas Jr., da Sedur, Juliana Portela, Giuliana Silvany e Emanuela Rodovalho, pela Semps, e Marco Antônio Ramos Bandeira, pela Limpurb. 

PREPARATIVOS

“As atividades da Codesal, focadas em prevenção, são realizadas durante todo o ano, mas com a possibilidade de maior índice pluviométrico, atestados nas médias históricas, as ações são intensificadas", explica o diretor geral da Defesa Civil, Sosthenes Macêdo. 

Todo o material necessário à operação, relata o diretor-geral, foi adquirido desde o final do ano passado, a exemplo das lonas usadas cobertura de encostas e de grande demanda no período. Salvador tem cerca de 600 áreas consideradas de risco e os moradores precisam tomar cuidados para evitar acidentes, como não descartar lixo irregularmente ou plantar vegetação inadequada.

Também foram fortalecidas e ampliadas as atividades de formação dos Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs) que passaram, desde 2017, a capacitar mais pessoas em suas comunidades para atuarem como voluntários em eventualidades como alagamentos e deslizamentos de terra. "Antes eram certificados em média 20 participantes, agora são 150 como ocorreu recentemente na comunidade do Arraial do Retiro", acrescenta Sosthenes.

Esses voluntários têm como missão ajudar na evacuação de moradores em casos de risco de deslizamento de terra ou alagamento. Os treinamentos são feitos por meio da realização de simulados de evacuação. As sirenes, caso chova 150mm, são disparadas Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec), na sede da Codesal, que reúne o que há de mais moderno na previsão de risco climatológico.

Outra medida tomada foi a reinstalação, no final de 2017, do Comitê Interinstitucional das Ações Emergenciais da Defesa Civil, objetivando alinhar as estratégias e a agilização de ações conjuntas com os órgãos parceiros da Defesa Civil.

GEOMANTAS

Entre as ações preventivas está a aplicação de lonas e de geomantas nas áreas de maior risco. “Já aplicamos geomantas em 70 áreas. Todas são colocadas em regiões de alto e médio risco”, explica o diretor.  Periodicamente são efetuadas vistorias nas áreas onde estão instalas. Em acréscimo foram catalogadas e iniciadas a colocação da proteção em novos bairros como Canabrava, Cosme de Farias, Cajazeiras VI, Santa Cruz, Rio Sena, Cabula e Alto das Pombas.

A geomanta é uma tecnologia de proteção de encosta, que impermeabiliza e evita erosões superficiais, absorção de água da chuva e possível risco de deslizamento do terreno. O material da geomanta utiliza um geocomposto de PVC e geotêxtil, com cobertura de proteção de argamassa jateada. A proteção é uma solução rápida, limpa e mais barata que as tradicionais.

PLUVIÔMETROS

A Defesa Civil conta ainda com 38 pluviômetros e sistemas de alerta e alarme como oito sirenes instaladas em seis áreas de risco: Marotinho (Bom Juá), Baixa de Santa Rita, Baixa do Fiscal (Pedro Ferrão), Alto da Terezinha, Calabetão e Vila Picasso (Boa Vista de São Caetano).

A equipe técnica já procedeu a vistoria em todos os locais onde estão localizadas as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme Sonoro onde se procedeu, quando necessária, a manutenção preventiva. 

PROJETO MOBILIZA

Mais uma mudança realizada à partir deste ano, visando fortalecer a atuação na redução de riscos de acidentes, é a criação do Projeto Mobiliza que será implementado pelo aplicativo “Fala Salvador”, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE), em fase de testes e que permitirá rápida informação de um ocorrência e posterior agilidade das ações dos órgão públicos na solução do problemas.

O projeto é operacionalizado por 10 grupos de trabalho formados por integrantes das Prefeituras-Bairro, Ouvidoria Geral do Município, Secretaria de Cidade Sustentável e Inovação, Gerência Regional de Educação/Parque Social, Coordenadoria de Distritos Sanitários – SMS e Codesal.

 

Imagem acima: geomanta no Arraial do Retiro - Foto: Valter Pontes/ Secom PMS

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