A Defesa Civil de Salvador (Codesal) reuniu o Comitê Interinstitucional de Ações Emergenciais, na manhã desta segunda-feira (30.10), com o objetivo de alinhar as ações e fortalecer a articulação com os órgãos parceiros para as intervenções demandadas em áreas de risco.
Criado por decreto municipal em fevereiro de 2016, o comitê, órgão executivo do Programa de Ação Coordenada em Situação de Risco da Codesal, tem como função articular e desenvolver ações para a atuação efetiva dos órgãos competentes, quando da necessidade de resposta frente a situações de emergência, a exemplo das ocasionadas em períodos chuvosos.
Integram este grupo representantes da Bahiagás, Corpo de Bombeiros, Casal Civil, Conder, Desal, Embasa, Limpurb, Guarda Municipal de Salvador, Ouvidoria do Município, Polícia Miliar, Salvamar, Samu, Secretaria de Manutenção (Seman), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Sudec (Defesa Civil estadual) e Transalvador.
“Estes encontros são fundamentais para que possamos consolidar a política de prevenção e redução de risco de desastres que vem sendo adotada pela gestão do prefeito ACM Neto. Queremos que vocês estejam cada vez mais próximos da Defesa Civil", afirmou o diretor da Codesal, Sosthenes Macêdo.
Ações preventivas
A coordenadora de Ações de Prevenção e Redução de Riscos, Gabriela Morais, apresentou aos membros do comitê uma síntese das atividades de nova Codesal, órgão que foi inteiramente reestruturado em 2016, passando a usar tecnologia de ponta para prevenir acidentes nas áreas de encosta. “Trata-se de um novo momento da Defesa Civil de Salvador, com foco na prevenção e no estímulo à participação do cidadão para que possa agir em uma situação de emergência”, destacou.
Já foram instalados 38 pluviômetros e seis sistemas de alerta e alarme que monitoram comunidades localizadas em regiões passíveis de acidentes. Este sistema trabalha com tecnologia de ponta na montagem da rede que integra os moradores por meio de mensagem (SMS), informando-os do risco iminente. O gerenciamento é realizado pelo Centro de Monitoramento da Defesa Civil (Cemadec) dotado de modernos equipamentos de monitoramento e acompanhamento das condições do tempo e alerta das situações que possam causar risco à população. Para a instalação do centro foram investidos cerca de 4 milhões e meio de reais.
Outro aspecto, enfatizou a coordenadora, é o estimulo ao protagonismo de voluntários com a promoção de atividades educativas nas escolas e em associações comunitárias para mostrar como o cidadão deve se comportar diante de situações de risco. A fixação dos procedimentos é feita com a realização de simulados de evacuação. Em 2016, foram seis simulados nas comunidades que já contam com o sistema de sirenes: Pedro Ferrão, Baixa de Santa Rita, Mamede, Bom Juá, Vila Picasso e Calebetão. Este ano já ocorreram simulados em Mamede e Calabetão e um próximo está marcado para o dia 23 de novembro em Bom Juá. “Nosso objetivo é não ser apenas um órgão para os momentos de crise, mas de orientação”, destacou Sosthenes Macêdo.
Órgão articulador
Parte do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), o Plano de Ações Estruturantes (PAE), outro projeto da nova Codesal, tem proposto soluções de engenharia visando a redução de risco. A partir da experiência adquirida nas vistorias feitas pelo setor de engenharia, são apresentadas propostas de intervenções para projeto executivo, explica Gabriela Morais. Em acréscimo, as vistorias passaram a ser realizadas com o uso de tablets e de formulários digitais o que amplia a precisão do Sistema de Gestão de Riscos (SIGR). A proteção de encostas também foi implementada com a aplicação da colocação de geomantas – composto de PVC com poliéster – em 71 pontos de 28 bairros da capital.
A assessora técnica da Defesa Civil, Denise Fraga, por sua vez, destacou a necessidade de se fortalecer as ações de emergência, lembrando que a Defesa Civil é o órgão articulador e que todas as ações necessitam de respostas e da integração dos parceiros. “A importância desse Comitê fica evidente quando da necessidade de resposta frente a situações de risco”.
Participaram da reunião, o subsecretário de Cidade Sustentável, João Resch Leal, Daniel Gabrieli (Casa Civil), Bárbara Melo, Fábio Lima Assis, Júlio Gouveia (Embasa), major Augusto Nobre, Nelzito Coelho Oliveira Filho (CBMBA), Maria Cecília Costa (Desal), Ronaldo Ferreira (Limpurb), Edmildo Sobral (Sudec), Euvaldo Costa Feitas Jr. (Sedur), Núbia Freitas (Coelba), Esmeraldo Tranquilino e Reginaldo Araújo (Codesal).
